sábado, 14 de julho de 2012

Mãe de segunda viagem Parte 2

Por Lêda Maria Rezende de Almeida - Médica pediatra 

criança com livro  


Entender que uma fantasia ocupa a mente do primeiro filho é muito importante. E não há explicação óbvia que dê conta da fantasia. Ele vê que a barriga da mãe cresce ou que em determinado momento ela já não pode mais carregá-lo, ou que sai para um outro local para receber esse "desconhecido". Todo esse contexto pode gerar fantasias que o mais criativo dos adultos jamais acertaria descrever.
Esse é o instante em que o acolhimento afetuoso desta mágoa possibilita a aceitação deste novo estado de fatos para que, de uma fantasia amedrontadora, surja uma realidade tranquilizadora.
Fazer com que ele participe do aumento da família é uma sábia atitude. Integrá-lo ao novo ambiente é muito mais importante que mandá-lo ou deixá-lo passar o dia em casa de amigos, avós e tios, como se dispensado e dispensável fosse. Isso o deixará muito mais exigente na volta para casa. Pode ter gestos agressivos que nunca teve. O melhor é sempre convidá-lo a ficar por perto, para que se sinta amado e confiante de que o lugar dele é dele.
É sempre bom estar atento ao pedir os objetos do bebê a ele e também com a frequência destes pedidos. Pegar fraldas ou chupetas, ocupá-lo como se as tarefas o fizessem mais participante, pode ser um caminho de mão dupla. A cada pedido atendido não esqueça de agradecer, mas não faça destes pedidos uma rotina. Se ele entender que só terá afeto se tiver utilidade, poderá reagir com irritabilidade e relutância em obedecer e atender a qualquer outro tipo de solicitação.
Além disso, manter as regras estabelecidas antes do nascimento do irmãozinho é fundamental. O excesso de "sim" o deixará em posição desconfortável, como se permitir fosse apenas uma forma de se livrar dele. E ele testará isso constantemente e exigirá cada vez mais.
Fonte do texto:http://bbel.uol.com.br/filhos/post/mae-de-segunda-viagem/page2.aspx

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